segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

IL ETAIT UNE FOIS, DANS UN PAYS LOINTAIN...

Poema remoto

Num mar de incertezas
Num mundo, numa praça ou num palácio,
Procuro meu bar,
Onde tenho a ousadia de gritar, entre irmãos, que sou feliz
(Onde posso e chego a fingir que amo).

Ali, tenho a certeza do tempo do sofrimento, do choro,
Ali, tenho a certeza do tempo do sentimento,
Ali, tenho a certeza do tempo da exigência do tempo
(Onde posso e chego a fingir que vivo).

Nesse bar mundo, praça e palácio
Com sofrimento, sentimento, fingimento,
Procuro meu poema.
E nele a certeza de que a luz navega em outro barco.

Espero um dia velejar por um mar além do tempo.
Sem bar, praça ou palácio.
Entanto a rua volta a ser a única cama
Entanto a rua volta a ser a única mesa

Espero um velejar por um mar além do tempo,
Sem bar, praça ou palácio.
Entanto choro ao sentir a certeza de estar só
Entanto choro ao descobrir que meu barco
Ainda se chama só poesia.

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