"3. Epopéia e romance. Epopéia e romance, ambas as objetividades da grande épica, não diferem pelas intenções configuradoras, mas pelos dados histórico-filosóficos com que se deparam para a configuração. O romance é a epopéia de uma era para a qual a totalidade extensiva da vida não é mais dada de modo evidente, para a qual a imanência do sentido à vida tornou-se problemática, mas que ainda assim tem por intenção a totalidade. (...) Nota 19: Embora célebre, a frase em que Hegel concebe o romance como epopéia burguesa (cf. G.W. F. Hegel, Vorlesungen über die Aesthetik [Preleções sobre a estética], vol. III, Jubiläumsausgabe, Stuttgart, 1964, p.395) tem seus precedentes. Pelo menos desde Blankeburg, o romance é tomado como herdeiro da antiga epopéia: 'Considero o romance, como aquilo que, nos tempos helênicos, a epopéia era para os gregos'. F. Blankeburg, Versuch über den Roman [Ensaio sobre o romance], Faksimilidruck der Originalausgabe von 1774, Stuttgart, J. B. Metzler, 1965, p. XIII" Georg Lukács, A Teoria do Romance, p. 55.
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