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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

DRUMMOND

         Hino nacional Precisamos descobrir o Brasil! Escondido atrás das florestas, com a água dos rios no meio, o Brasil está dormindo, coitado. Precisamos colonizar o Brasil. O que faremos importando francesas muito louras, de pele macia, alemãs gordas, russas nostálgicas para garçonnettes dos restaurantes noturnos. E virão sírias fidelíssimas. Não convém desprezar as japonesas. Precisamos educar...

domingo, 28 de novembro de 2010

BARTHES, 2 - Os 3 níveis de descrição: função, ação, narração.

p { margin-bottom: 0.21cm; } “T. Todorov, retomando a distinção dos formalistas russos, propõe trabalhar sobre dois grandes níveis, por sua vez subdivididos: a história (o argumento), compreendendo uma lógica das ações e uma 'sintaxe' dos personagens, e o 'discurso', compreendendo os tempos, os aspectos e os modos da narrativa (…) Muitas tentativas ainda serão necessárias antes de se poder assegurar os níveis da narrativa. Estas que se vão propor aqui constituem um perfil provisório, cuja vantagem é ainda quase exclusivamente didática: permitem...

sábado, 27 de novembro de 2010

Os chefes

p { margin-bottom: 0.21cm; } Devo nomear os chefes agora, e são estes: Medeiro Vaz, Joca Ramiro, Sô Candelário, o Hermógenes, o Ricardão, Titão Passos, João Goanhá, Zé Bebelo e Riobaldo, que me contou tudo de que se lembrava, certamente misturado com um tanto de imaginação, sonhos, devaneios e talvez delír...

Do título

Meu caminhar é pelo chão e pelas narrativas, observando as imagens produzidas pelo caminho, pelo texto e por esse caminhar. Minhas estradas, minhas principais estradas, são livros: atravesso narrativas. Não aspiro sair do labirinto, mas ao menos encontrar estruturas ou arquétipos facilitadores da circulação. Não quero explicações, mas interpretaçõ...

Anotações de leitura 6: A Princesa de Clèves

p { margin-bottom: 0.21cm; } Foco narrativoNarrador numa 3ª pessoa onisciente (debreagem de Madame de La Fayette, talvez ajudada por seu amante Rochefoucauld, com quem teria vivido enredo similar com o narrado em La Princesse de Clèves).O narrador faz julgamentos de valor, revelando os costumes e ideologia da época.O narrador “cede” a palavra a personagens, em digressões, por 4 vezes: primeiro, à Senhora de Chartes, que fala à filha sobre a...

O Primeiro esboço da caminhada, ainda na Antropologia, abril/10

p { margin-bottom: 0.21cm; } NA BUSCA DA FORMULAÇÃO DO OBJETO DOS DISCURSOS SOBRE O LUGAR SERTÃOUM ESQUEMA A PARTIR DE M. FOUCAULT E P. RICOEUR(A Arqueologia do saber e Interpretação e ideologias): 1 – DEMARCAR AS SUPERFÍCIES PRIMEIRAS DE EMERGÊNCIA DO OBJETO Minha situação:estou em busca dos sinais do aparecimento do possível objeto material do lugar chamado “sertão” (fenômeno brasileiro?) em textos (criações humanas e ideológicas) e não em...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Anotações de leitura 5: Bachelard

p { margin-bottom: 0.21cm; } INVENTÁRIO DE IMAGENS 1 A CASA2 O SÓTÃO3 O PORÃO4 A SALA5 O JARDIM6 A TORRE7 O ALÉM-PORÃO8 A ESCADA9 O OCEANO10 O BARCO11 A CONCHA12 A CIDADE-OCEANO13 O CAMINHO14 O CANTO15 A IMENSIDÃO16 O REDONDO G. Bachelard, A Poética do espaço....

Anotações de leitura 4: ECO

p { margin-bottom: 0.21cm; } "1 Panorama ou monografia?MONOGRAFIA 2 História, experimento ou teoria?HISTÓRIA 3 Antigo ou contemporâneo?CONTEMPORÂNEO (mesmo rigor que se dedicaria ao antigo) 4 Seis meses ou três anos?TRÊS ANOS 5 Sim ou não às línguas estrangeiras?SIM 6 Ciência ou política? Que é a cientificidade?", H. Eco, Como se faz uma te...

Cinco páginas no máximo

ENSAIO PARA UM ARTIGO PARA SERTÃO: REGIÃO IMAGINADA, MINISTRADA PELO MESTRADO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL, DE CUJAS AULAS PARTICIPEI NESTE SEGUNDO SEMESTRE DE 2010. Primeiro: Quero fixar uma linha de raciocínio que lique as quatro unidades em está dividida a disciplina: I-Perspectivas; II-Dualidade à brasileira e sua crítica; III-O Sertão como fronteira e IV-O sertão como narrativa e mito. Segundo: Quero identificar em cada Unidade um autor-chave, que a explique e a justifique, sem perder de vista os objetivos gerais da disciplina. Terceiro:...

Judô - a segunda aula

48 horas depois, de volta ao tatame, pela segunda vez em toda a minha já longa vida. Tudo sob controle: nada com a costela, nenhum esfolão. Alguns elogios do sensei e de alguns colegas de turma: "muito equilíbrio pra tão pouco treino"; "muita coragem para um iniciante". As dores são muitas mas apenas musculares, normais para o esforço que faço. Sinto dores em músculos que eu nem sabia que existiam. Incrível: o treinamento termina, depois de quase duas horas, todos saem, e eu fico andando no tatame, sozinho, querendo ficar ali, continuar treinando....

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Anotações de leituras 3: Manon Lescaut

Espaço Rouen, Amiens, Chaillot, Luxemburgo, Grève, Chatêlet, Paris... Informe incidental, nenhum lugar, ambiente ou espaço é descrito diretamente. Apenas de forma oblíqua há referências a esses nomes de lugares. O quarto de Des Grieux em Amiens, as estalagens, as ruas, Saint-Sulpice, o Hospital, Saint Lazare, o que é informado deles é apenas o que serve ao desenrolar da ação narrada. Não há cores, nem clima, nem relevos ou texturas no ambiente....

Anotações de leituras 2: Manon Lescaut

As personagens: 1- O Narrador que apresenta o narrador Des Grieux (Abade Prévost?); 2- O Narrador Des Grieux; 3- Manon Lescaut, amante de Des Grieux; 4- Tiberge, amigo de infância de Des Grieux; 5- M. Lescaut, irmão de Manon; 6- G... M..., o velho; 7- G... M..., o jovem; 8- M... de T..., amigo de Des Gri...

BARTHES, 1 - O método: dedução.

"Onde pois procurar a estrutura da narrativa? Nas narrativas, sem dúvida. Todas as narrativas? Muitos comentaristas, que admitem a ideia de uma estrutura narrativa, não podem entretanto se resignar a retirar a análise literária do modelo das ciências experimentais: eles preconizam intrepidamente que se aplique à narração um método puramente indutivo e que se comece por estudar todas as narrativas de um gênero, de uma época, de uma sociedade, para em seguida passar ao esboço de um método geral. Este projeto de bom senso é utópico. A própria linguística,...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Judô

Confirmando o que já havia informado dia 22, comecei hoje minhas aulas de judô. Buscando equilíbrio, caí, me joguei ou fui jogado ao tatame umas 200 vezes. Estou preocupado com uma costela aqui do lado direito, mas creio estar tudo dentro do previsível para situações como essa. Um Professor de Administração me colocou nas mãos a seleta fácil de os cem melhores poemas brasileiros do século. Fico espantado  com  a indústria: livros assim vendem muito. E até reconheço suas contribuições. O problema, pra mim, é que a obviedade me irrita demais....

Ana C

olho muito tempo o corpo de um poema até perder de vista tudo que não seja corpo e sentir separado dentre os dentes um filete de sangue nas gengivas Ana Cristina Ce...

Anotações de leituras 1: Manon Lescaut

As prisões de Des Grieux: a.     Quarto da casa do pai em Amiens (pela fuga com Manon);b.     Saint-Sulpice em Paris (para o Estado Eclesiástico)c.      Saint-Lazare em Paris (pelo ataque ao velho G..M...)d.     Petit Châtelet em Paris (pelo ataque ao jovem G...M...)e.      ...f.      O amor por Manon As prisões...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sobre o Orientalismo, de Said.

p { margin-bottom: 0.21cm; } São Roque de Minas-MG, onde o Rio São Francisco começa a constrtuir muitas cidades.  Existe uma espécie de similaridade entre as trajetórias antropológicas para as construções dos mitos do Oriente e o do Sertão. Na verdade, parece que Said trata o orientalismo como um semimito. Essa possível aproximação, que antevejo na perspectiva teórica, poderia ser revelada por alguns aspectos que passo a relatar. Antes de...

Euclides 1 - País-ilha

"Insulado deste modo no país que o não conhece, em luta aberta com o meio, que lhe parece haver estampado na organização e no temperamento a sua rudeza extraordinária, nômade ou mal fixo à terra, o sertanejo não tem, por bem dizer, ainda capacidade orgânica para se afeiçoar a situação mais alta. O círculo estreito da atividade remorou-lhe o aperfeiçoamento psíquico. Está na fase religiosa de um monoteísmo incompreendido, eivado de misticismo extravagante, em que se rebate o fetichismo do índio e do africano. É o homem primitivo, audacioso e forte,...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ceia

REI: Vamos, Hamlet, onde está Polônio? HAMLET: Numa ceia. REI: Numa ceia? Onde? HAMLET: Não onde come, mas onde é comido. Uma certa convocação de vermes políticos está ainda agora a atacá-lo. O verme é o único imperador da dieta: cevamos todas as outras criaturas para que nos engordem, e cevamos a nós mesmos para as larvas. O rei gordo e o mendigo esquelético não são mais que variedade de cardápio - dois pratos, para a mesma mesa. Esse é o fim. REI: Que pena! Que pena! HAMLET: Um homem qualquer pode pescar com o verme que engoliu um rei, e...

Ofélia

p { margin-bottom: 0.21cm; } Lição sobre a água Este líquido é água.Quando pura é inodora, insípida e incolor. Reduzida a vapor, sob tensão e a alta temperatura, move os êmbolos das máquinas, que, por isso, se denominam máquinas de vapor. É um bom dissolvente. Embora com exceções mas de um modo geral, dissolve tudo bem, ácidos, bases e sais. Congela a zero graus centesimais e ferve a 100, quando a pressão normal. Foi nesse líquido que numa noite...

Viagem à imaginação II

p { margin-bottom: 0.21cm; } Sei também que devo partir do dado concreto, ou seja, a imagem, digo, a pedra. O primeiro salto é para dentro do mito e, depois, para as suas atualizações. Todos os textos são pedras, cristais da imaginação. Cada homem ou mulher uma lanterna. Tomei a providência de me matricular numa escola de judô, buscando o que todos dizem que se deve buscar ali: equilíbrio. Já acredito que sei que não devo confundir imagens com...

domingo, 21 de novembro de 2010

MITOCRÍTICA (Passo 1, sob a direção de Arlette Chemain)

"Em primeiro lugar, há que definir as intenções e os objetivos o mais sumariamente possível. A mitocrítica, que o romancista e historiador das religiões, Mircea Eliade havia pressentido há bastante tempo, estabelece que toda a 'narrativa' (liretária, como é óbvio, mas também em outras linguagens: musical, cênica, pictorial, etc.) possui um estreito parentesco com o sermo mythicus, o mito. O mito seria, de algum modo, o 'modelo' matricial de toda...

Espaços vividos não são apenas memória

Uma semana em Armação dos Búzios, Rio de Janeiro, em fevereiro de 2010. Espaços vividos com muita felicidade, na melhor companhia possível. Falta coragem para pisar novamente essas pedras, essas areias, olhar essas casas, esses caminhos, esse mar az...

Prefácios 2

“ ‘A matemática não pôde progredir, até que os hindus inventassem o zero’  O DOMADOR DE BALEIAS.Meu duvidar é da realidade sensível aparente – talvez só um escamoteio das percepções.  Porém, procuro cumprir. Deveres de fundamento a vida, empírico modo, ensina: disciplina e paciência. Acredito ainda em outras coisas, no boi, por exemplo, mamífero voador, não terrestre”. J.G. Rosa, Tutaméia, p.1...

Uma canção

Uma canção jamais sairá da minha mente.Eu ouvi essa canção um dia, no meio do caminho, como DanteComo Dante, no meio do caminho, um dia, encontrou Beatriz.Hoje eu sei que ela confundirá meus sentidos enquanto eu viva, Eu a ouvirei misturada ao som das coisas que caem no chão,Ou que sejam sopradas pelo vendo leve de uma tarde de domingo.Não se importará que eu esteja na estrada distante,Ou no fundo do quintal de casa; longe ou perto; cansado ou...

Prefácios 1

"Em resumo: tal como há dez anos, o Imaginário - ou seja, o conjunto das imagens e relações de imagens que constitui o capital pensado do homo sapiens - aparece-nos como o grande denominador fundamental onde se vêm encontrar todas as criações do pensamento humano. o Imaginário é esta encruzilhada antropológica que permite esclarecer um aspecto de uma determinada ciência humana por um outro aspecto de uma outra. Porque nós constatamos mais do que...

Ismália

Quando Ismália enlouqueceu, Pôs-se na torre a sonhar... Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar. No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar... Queria subir ao céu, Queria descer ao mar... E, no desvario seu, Na torre pôs-se a cantar... Estava perto do céu, Estava longe do mar... E como um anjo pendeu As asas para voar... Queria a lua do céu, Queria a lua do mar... As asas que Deus lhe deu Ruflaram de par em par... Sua alma subiu ao céu, Seu corpo desceu ao mar... ALPHONSUS DE...

Viagem à imaginação I

Diferentemente de muitas pessoas, não tenho dificuldades para aceitar a ideia de que o sertão não existe como lugar concreto. Digo isso sem discutir "lugares" nem "concretudes". São termos por enquanto provisórios. Por outro lado, reconheço e respeito a dificuldade em muita gente. Tanto é assim que eu vou para dentro do conceito, achando que estou indo para dentro da Nação. Não quero saber o que pensam as pessoas pelo caminho. Acredito que adivinho,...

Ontem muito presente ou o tempo aprisionado pelo espaço vivido

Quanta vida vivida em Ouro Preto-MG em fevereiro de 2010 entre montanhas e igrejas. Imagens de Minas; imaginação do mun...

Antigamente e ontem II

"Cabe considerar una fábula como agrupamiento específico de series de acontecimientos. La fábula como conjunto constiuye un proceso, aunque a cada acontecimiento se le puede también denominar proceso, o por lo menos, parte de un proceso. Cabe distinguir tres fases en toda fábula: la possibilidad (o virtualidad), el acontecimiento (o realización) y el resultado (o conclusión) del proceso. Ninguna de estas tres fases es indispensable. Una posibilidad se puedo o no se realizar. E incluso si se realiza el acontecimiento, no está asegurada siempre una...

Antigamente e ontem

"Não foi, todavia, só a alegoria que 'salvou' a mitologia helênica. Um pouco mais tarde, lá pelos fins do século IV aC e inícios do III aC, o filósofo alexandrino Evêmero publicou uma obra, de que nos restam alguns fragmentos, História Sagrada, que, com o mesmo título, foi traduzida para o latim pelo poeta Quinto Ênio (239-169 aC). Trata-se de uma espécie de romance sob a forma de viagem filosófica, no qual afirma Evêmero haver descoberto a origem dos deuses. Estes  eram antigos reis e heróis divinizados e seus mitos não passavam de reminiscências,...