Para Riobaldo os rios não escorrem horizontalmente, mas crescem, como árvores, na vertical, como um grande tronco. Suas margens são abismos, paredões, precipícios. Toda a matéria viva na Terra “cresce” nessa mesma direção, em busca de luz. Por isso os “rios bonitos” são os que nascem no poente (na sombra) e caminham, subindo em direção à luz, ao sol nascente. São orientados para o conhecimento. “Hora da palavra, hora de não dizer nada, fora da palavra, quando mais dentro aflora toda a palavra, rio”. O homem no meio do rio, como o "diabo na rua, no meio do redemoinho".
Aspas para JGR, via Riobaldo, e Milton Nascimento.
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