This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ilhéus-BA

Olho pro mar daqui da janela e vejo o Rio Urucuia, o Rio Carinhanha, o Rio São Francisco, que vi debaixo de outras águas. Eu vivi essas águas. Seu Nacib não é mais o dono do Bar Vesúvio.






Itabuna-BA III - Chega

Saio agora às 6h30min do dia 04 de janeiro, em direção a Ilhéus, terra de Gabriela e Seu Nacib. Itabuna já deu.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Definições de linhas teóricas

Campos gerais nas proximidades da nascente do Rio Carinhanha

Escolhi como minha leitura do Grande sertão: veredas aquela que se interessa pelos aspectos metafísicos da obra, que contemplam abordagens religiosas, esotéricas e místicas do texto. Estou convicto de que sigo pistas deixadas por JGR, em suas raríssimas entrevistas, correspondências e nos quatro prefácios de Tutaméia. Meus guias passam a ser então, nessa vereda: as interpretações esotéricas, mitológicas e metafísicas – representadas por estudiosos como Consuelo Albergaria (1977), Francis Utéza (1994), Kathrin H. Rosenfield (1993) e Heloísa Vilhena de Araújo (1996), entre outros. Já disse que o parâmetro teórico é o texto de Gilbert Durand, As Estruturas antropológicas do imaginário. 

Trata-se de uma retomada histórica, posto que esta abordagem da obra, apesar do grande prestígio que teve nos últimos vinte anos, perdeu espaço para trabalhos que levam a análise para o campo das ciências sociais, condições importantes, sem dúvida, sobre a proposta de releitura da brasilidade, dos vários brasis, retomando as velhas discussões das dicotomias litoral/interior, moderno/arcaico, novo/tradiconal, níveis tecnológicos, defasagens técnicas e diferenças de tempo.

Uma coisa é certa já nesse momento: minha preocupação é literária, não pretendo me afastar nem um palmo das palavras de Riobaldo, que compõem todo o texto, de "nonada" a "travessia". 

Por exermplo: começar do começo. A história da "matéria vertente" narrada por Riobaldo começa nas margens do Rio São Francisco, que partiu a vida dele, Riobaldo, em duas partes, duas margens: um antes e um depois. Devo acrescentar que "antes" e "depois" são dimensões temporais e o tempo só vai me interessar enquanto instância aprisionada pelo espaço vivido, para além da memória, na imaginação.

Entre Brás Cubas e Riobaldo



Brás Cubas já morreu e suas palavras tem peso específico em função desse fato. Que mais o poderia atingir? Está morto. O ponto de vista ou a situação o liberta de qualquer medo. Riobaldo ainda vive e não pode "esperdiçar" palavra, "porque viver é um negócio muito perigoso". Preciso distinguir a "memória" viva de Riobaldo e a imaginação milenar que existe nela. A atualização que ele faz, falando, lembrando, enredando os fatos vividos, compõe o que ele ainda é, vivo, e pecador. Sonho em poder delinear o espaço imaginado por Riobaldo, que, no fim, o produziu, e o "cuspiu do quente da boca": o "sertão", mas só umas "veredazinhas".

Cecília, numa hora difícil, há muito tempo



Ou isto ou aquilo

Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa estar
ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo, ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinque, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.


(Cecília Meireles, Ou isto ou aquilo, Nova Fronteira, 2002)

Dilma citou Rosa

Àquela altura já Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ontem no seu discurso no Congresso Nacional, citou um trecho da fala de Riobaldo, referindo-se a Guimarães Rosa como "poeta da minha terra". O texto citado: "O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem". Não tenho nada a ver com isso, mas o trecho foi postado neste blog no dia 19 de dezembro de 2010 (ROSA -Sentidos).

Itabuna-BA II

Ainda não adaptado ao horário local e ao estilo baiano, levantei-me às cinco achando que eram 6 e fui procurar o café do hotel. Que café, ainda mais no meio da madrugada (de domingo!) e no último dia do feriadão? Saí atrás de uma padaria (umazinha só me bastava) pra comer um pão com queijo. mas estava muito cedo e fiz fotos e filmes, andando pela cidade e conversando com velhos, como eu, que acordam cedo, não se importando se quarta ou domingo, mês de trabalho ou férias. As imagens mostram um cidade vazia. Mais tarde eu soube que estava todo mundo nas praias (ou dormindo, evidentemente).
.




sábado, 1 de janeiro de 2011

Pesos e olhares



"Sou profundamente, essencialmente religioso, ainda que fora do rótulo estrito e das fileiras de qualquer confissão ou seita; antes, como o Riobaldo do GSV, pertenço eu a todas. E especulativo demais. Daí todas as minhas, constantes, preocupações religiosas, metafísicas, embeberem os meus livros. Talvez meio existencialista-cristão (alguns me classificam assim), meio neoplatônico (outros me carimbam disto), e sempre impregnado de hinduísmo (conforme terceiros). Os livros são como eu sou [...]
"Ora, você já notou, decerto, que como eu, os meus livros, em essência, são 'antiintelectuais' - defendem o altíssimo primado da intuição, da revelação, da inspiração, sobre o bruxulear presunçoso da inteligência reflexiva, da razão, a megera cartesiana. Quero ficar com o Tao, com os Vedas e Upanixades, com os evangelistas e São Paulo, com Platão, com Plotino, com Bergson, com Berdiaeff - com Cristo, principalmente. Por isso mesmo, como apreço de essência e acentuação, assim gostaria de considerá-los: a) cenário e realidade sertaneja, 1 ponto; b) enredo, 2 pontos; c), poesia, 3 pontos e d) valor metafísico-religioso, 4 pontos." Correspondência de JGR com seu tradutor italiano apud Francis Utéza, Metafísica do grande sertão, p.21.


De fato, nesses caminhos pelos "Gerais" sei que estive olhando para 1 ponto e me esforçando para sentir outros 9.

Itabuna-BA


Céu quase azul, às 18 horas  em Itabuna-BA, depois de longos dias e noites de muita chuva.

Bom dia, 2011

Meu relógio marca 7 horas, mas na Bahia não existe horário de verão. 

Então, agora, no horário local de 6 horas do primeiro dia do ano de

2011, pego a estrada de novo, com destino a Itabuna-BA, o que

poderá mudar, dependendo do clima que encontrar durante a viagem.

Já estou pensando em parar alguns dias em algum lugar. Vamos ver.